Furiosa: Uma Saga Mad Max | Primeiras Impressões da Crítica Elogiam Visual e Performance de Anya Taylor-Joy

O novo filme de George Miller, "Furiosa", teve sua primeira exibição no Festival de Cannes e já está cercado de grandes expectativas. As primeiras críticas apontam para uma recepção majoritariamente positiva. John Nugent, da Empire Magazine, destaca a habilidade contínua de Miller em criar cinema de alta qualidade, mesmo após 45 anos de carreira, chamando-o de um privilégio assistir. Manohla Dargis, do New York Times, vai além, descrevendo Miller não apenas como um grande cineasta, mas também como um "profeta do apocalipse", evidenciando a intensidade e a visão única do diretor.

A relevância de "Furiosa" como prequela tem dividido opiniões. Liz Shannon Miller, do Consequence, argumenta que o filme parece mais conectado e essencial devido ao seu desenvolvimento simultâneo com "Estrada da Fúria", destacando a raridade de um prequel que não parece uma mera exploração comercial. Por outro lado, Owen Gleiberman, da Variety, questiona a necessidade do filme, sugerindo que, apesar dos elementos interessantes, "Furiosa" é um produto da cultura de franquias e acaba sendo apenas meio satisfatório.


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"Furiosa" Warner Bros. Pictures - Imagem/Divulgação

A performance de Anya Taylor-Joy no papel principal é amplamente elogiada. David Rooney e John Nugent descrevem Taylor-Joy como uma presença feroz e fenomenal, respectivamente, destacando sua capacidade de dar vida e profundidade à personagem. Da mesma forma, Chris Hemsworth como vilão recebe elogios por sua atuação destemida. Liz Shannon Miller compara seu trabalho ao de Chris Evans em "The Gray Man", destacando que, ao contrário do filme dos Irmãos Russo, "Furiosa" realmente se destaca.

Visualmente, "Furiosa" é um espetáculo grandioso. Hannah Strong, da Little White Lies, elogia a escala monumental e a visão ambiciosa de Miller, recomendando que o filme seja visto na maior tela possível e com o som no máximo para aproveitar toda a sua proeza técnica. No entanto, David Rooney, do Hollywood Reporter, aponta uma queda na qualidade visual em comparação com "Mad Max: Estrada da Fúria", destacando a troca do diretor de fotografia John Seale por Simon Duggan. Segundo Rooney, enquanto as acrobacias são espetaculares, a dependência de CGI e cenários de estúdio são mais evidentes, prejudicando um pouco a majestade visual.



"Furiosa" Warner Bros. Pictures - Imagem/Divulgação

O roteiro de "Furiosa" também é tema de debate. Hannah Strong valoriza a construção de mundo de Miller, mencionando que cada nova adição ao universo de Mad Max é pensada e interessante. Em contrapartida, David Rooney critica a falta de força na criação do mito e a trama, que considera pesada e carente de detalhes estratégicos, o que pode comprometer o envolvimento do público com a narrativa.

Apesar das críticas positivas, "Furiosa" não escapa de observações negativas mais contundentes. Owen Gleiberman nota que o filme parece mais focado nas expansões elaboradas e digitalizadas do mundo pós-apocalíptico de Miller do que nos personagens que o habitam, sugerindo uma superficialidade emocional. David Rooney vai além, afirmando que "Furiosa" é um grande passo atrás em relação a "Mad Max: Estrada da Fúria", faltando a energia incessante e a gravidade que fizeram do filme de 2015 um clássico instantâneo. Mesmo assim, "Furiosa" oferece uma nova experiência cinematográfica que, apesar de suas falhas, mantém a essência do universo distópico de Miller.

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