Comentário | John Wick (De Volta ao Jogo)


Com a morte prematura de sua amada esposa ainda amarga em sua boca, John Wick, ex-assassino especializado, recebe dela um último presente — uma lembrança preciosa para ajudá-lo a encontrar um novo significado na vida, agora que ela se foi. 

Mas, quando o arrogante príncipe da máfia russa, Iosef Tarasov, e seus homens fazem uma visita bastante indesejável a Wick, para roubar seu valioso Mustang e o presente de sua esposa, o lendário assassino será forçado a desenterrar seu passado de assassino. 

Cego de vingança, portanto, Wick irá imediatamente desencadear um turbilhão de destruição, cuidadosamente orquestrado, contra o chefão sofisticado, Viggo Tarasov, e sua família, que estão totalmente cientes de sua capacidade letal. Agora, apenas o sangue pode saciar a sede de retribuição do bicho-papão.


("Por causa de um cachorrinho?!") ("Não era apenas um cachorrinho.")

Esta é basicamente a premissa de um dos maiores sucessos na carreira de Keanu Reeves. Antes de alcançar esse sucesso na franquia, ele atuou em filmes que não obtiveram a mesma visibilidade, como "Constantine", "O Dia em que a Terra Parou" e "47 Ronins", para mencionar alguns. 

O comentário que faço sobre "John Wick: De Volta ao Jogo", tem o objetivo de esclarecer aqueles que o consideram violento. Este filme apresenta, de fato, cenas de ação com violência gráfica. No entanto, sempre que utilizam esse argumento para desvalorizar o trabalho, questiono se compreenderam a essência da obra. Ou seja, por que levam isso tão a sério e qual é a origem desse choque?


“Bem, John não era exatamente 'o bicho-papão'. Ele foi aquele que você enviou para matar o maldito bicho-papão."

Quem compreende a visão do roteirista Derek Kolstad, também responsável por "Anônimo", e do diretor Chad Stahelski, que, curiosamente, atuou como dublê em "Matrix Reloaded", raramente questiona o óbvio. O motivo que leva o protagonista a agir com tanta violência é plenamente justificado pela perda de um presente de enorme valor sentimental.

Entretanto, é importante ressaltar que nada pode justificar tamanho nível de agressividade, algo que o próprio filme reconhece. O que torna "John Wick" único é a maneira como leva essa loucura até suas últimas consequências, quase de forma hilariante, mesmo que o motivo pudesse ser resolvido de maneira mais simples.


Treinamento tático

Ao contrário das cenas de ação vistas em filmes como "Deadpool" e no mais recente "O Esquadrão Suicida", que abraçam abertamente o absurdo e a extravagância, ambos sendo igualmente ou até mais violentos, talvez a reação chocante das pessoas em relação a "John Wick" esteja na sua autenticidade, no apelo tático do personagem Wick, que é resultado de treinamento e pesquisa de campo realizados por Keanu Reeves e sua equipe. 

☝️Isso cria uma sensação de realismo que pode ser a fonte da surpresa e do impacto nas audiências.

Alguns podem até arriscar chamar de sorte o tamanho sucesso de público e a aclamação da franquia, inclusive por parte da crítica especializada, mas a verdade é que sua fórmula simples dificilmente poderia dar errado.



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